A maioria das pastagens brasileiras são de Brachiaria spp. (Urochloa spp.) e de Panicum maximum (Megathyrsus maximus). Algumas espécies foram introduzidas ainda no período colonial, principalmente de Panicum maximum . As primeiras introduções de Brachiaria spp. ocorreram a mais de 100 anos, sendo de capim Angola (B. mutica), que se limitou às áreas úmidas e alagadas (Seiffert, 1980). Outras espécies de Brachiaria, B. ruziziensis, B. decumbens e B. brizantha, foram introduzidas na segunda metade do século XX (Serrão & Simão Neto, 2971), se adaptaram bem aos solos pobres da região dos Cerrados e revolucionaram a pecuária brasileira.
Nas últimas décadas o número de cultivares de forrageiras tropicais aumentou muito, sendo que hoje existem forrageiras com diferentes características morfológicas e fisiológicas. Em alguns casos a semente da cultivar adquirida pelo produtor não condiz com as plantas emergidas no campo, porque tem ocorrido confusão na hora de identificar a forrageira.
A identificação das cultivares é importante por que?
A classificação botânica das espécies envolve detalhes do aparelho reprodutivo das plantas, flores e sementes, que impossibilita a identificação sem uma lupa que possibilite a visualização de pequenas partes da plantas. Por isso, nessa publicação são abordadas características morfológicas que permite a identificação da cultivar a olho nu, no campo. Esses características não são tão confiáveis, podendo sofrer algumas alterações em função da interação com o meio, mas atende ao propósito.
Dependendo da disponibilidade de água, luz e nutrientes algumas características podem ser alteradas. Em situação de sombreamento, alta disponibilidade de nitrogênio e água, parte das folhas dos capim BRS Zuri, Mombaça e Colonião, podem ficar arqueadas, mas isso é raro e transitório. Brachiaria spp. e Panicum maximum se distinguem das demais espécies pelo tipo de panícula (Tabela 1)».
Para identificar as cultivares de Brachiaria spp. e Panicum maximum acesse CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO. »